domingo, 11 de outubro de 2009

Oito mais quatro são doze...


...Podemos estar absolutamente certos quanto a isto. Trata-se de um exemplo para as verdades racionais, sobre as quais falaram todos os filósofos desde Descartes. Mas nós as incluímos em nossas orações antes de dormir? E por acaso ficamos quebrando a cabeça sobre elas em nosso leito de morte? Não. Por mais "objetivas" ou "genéricas" que tais verdades sejam, é exatamente por isso que elas são tão pouco importantes para a existência da cada um. E a questão da fé? Você não pode saber se uma pessoa te perdoa quando você faz alguma coisa de errado para ela. Trata-se de uma questão com a qual você está profundamente envolvida. E exatamento por isso ela é existenciamente importante para você. Você também não pode saber se uma pessoa gosta de você. Você só pode acreditar ou ter esperança de que assim seja. Apesar disso, essas coisas são mais importantes para você do que o fato incontestável de que a soma dos ângulos de um triângulo é cento e otenta graus. Por fim, ninguém pensa na lei de causa e efeito ou nas "formas da sensibilidade" de Kant quando ganha o primeiro beijo.

Nenhum comentário: