quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sigmund Freud

Podemos chamá-lo de um filósofo da cultura. Freud nasceu em 1856 e estudou medicina na Universidade de Viena. Passou a maior parte de sua vida naquela cidade, justamente durante um período em que a vida cultural vienense experimentou uma fase de apogeu. Desde cedo, Freud se especializou num ramo da medicina que chamamos de neurologia. De fins do século passado até quase meados do nosso século, ele trabalhou na elaboração de sua psicologia profunda ou psicanálise.

...se (e como é imenso esse "se")

Darwin se permite especular um pouco e escreve: 

[...]se pudermos imaginar um pequeno tanque aquecido, dentro do qual ,existam todo tipo de sais de amônia e de fósforo, luz, calor, eletricidade etc. e se imaginarmos que lá dentro uma reação química dá origem a uma proteína que, por sua vez, é capaz de sofrer alterações mais complexas [...]

Darwin estava "filosofando" aqui sobre a possibilidade de a primeira célula viva ter surgido a partir de matéria inorgânica. E mais uma vez ele acerta na mosca. É que a ciência de hoje parte da premissa de que a primeira forma de vida surgiu mesmo num "tanque aquecido", exatamente com Darwin imaginou um dia.

A ascendência do homem

Em 1871 Darwin publicou um livro intitulado The descent of man. Nele, Darwin aponta as enormes semelhanças entre os homens e os animais e explica que os homens e os macacos antropóides haviam tido os mesmos ancestrais. Nesse meio tempo haviam sido encontrados os primeiros fósseis de cérebros de tipos humanos extintos, primeiro numa pedreira no rochedo de Gibraltar e alguns anos mais tarde em Neandertal, na Renânia. Curiosamente, houve bem menos protestos em 1871 do que em 1859, quando da publicação de Sobre a origem das espécies. Mas o primeiro livro já tinha indicado que o homem descendia dos macacos. E quando Darwin faleceu em 1882, ele foi solenemente sepultado como um pioneiro da ciência.
Primeiro Darwin foi considerado o homem mais perigoso de toda Inglaterra. No fim da vida ele conseguiu fama e reconhecimento.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pesquisas de Darwin

A viagem de pesquisa de Darwin propiciou-lhe um material novo e extremamente rico. Ele havia visto com seus próprios olhos que as diferentes espécies de animais de uma região distinguiam-se umas das outras por detalhes mínimos. Foi nas ilhas Galápagos, a oeste do Equador, que ele fez algumas observações muito interessantes.
As ilhas Galápagos são um grupo de ilhas vulcânicas bem próximas umas das outras. Não havia portanto, grandes diferenças na flora e na fauna. Mas Darwin estava interessado justamente nas pequenas diferenças. Em todas as ilhas encontrou tartarugas gigantes, mas de ilha para ilha elas eram um pouco diferentes. Será que Deus realmente tinha criado uma espécie de tartaruga gigante para cada uma daquelas ilhas?
Mais importante ainda foi o que Darwin observou nos pássaros das ilhas Galápagos. As espécies de tentilhões  variavam de ilha para ilha, o que podia ser observado nas formas dos bicos desses pássaros. Darwin conseguiu demonstrar que essas diferenças estavam intimamente  relacionadas com o modo como os tentilhões se alimentavam nas diferentes ilhas. Alguns deles viviam de comer sementes de pinhas; outros se alimentavam de insetos do chão; outros ainda viviam de comer insetos dos troncos e galhos de árvores...Cada uma dessas espécies tinha um bico que se adaptava perfeitamente  ao seu tipo de alimento. 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Darwin

Ele nasceu em 1809 na cidadezinha de Shrewsbury. Seu pai, o doutor Robert Darwin, era um médico muito conhecido na cidade. Seu avô,Erasmus Darwin, formulou uma teoria  segundo a qual as plantas e animais que vivem hoje descendem de formas mais primitivas, que viveram em tempos passados.
Tanto os membros da Igreja  quanto muitos cientistas eram partidários da teoria bíblica segundo a qual as diferentes espécies de plantas e animais eram imutáveis. Para eles, cada espécie animal tinha sido criada um dia, separadamente das outras e para todo o sempre, por um ato de criação especial. Esta visão cristã estava de acordo com as concepções de Platão e de Aristóteles.

Na época de Darwin, porém, algumas observações e descorbertas colocaram em dúvida esta concepção tradicional.

sábado, 16 de janeiro de 2010

David Hume 1711-1776

Como os grandes pensadores franceses Voltaire e Rousseau, Hume viveu em pleno Iluminismo e viajou  muito pela Europa, antes de voltar a se estabelecer em Edimburgo. Sua obra mais importante, Tratado sobre a natureza humana, foi publicada quando Humes tinha vinte e oito anos. Ele mesmo dizia, porém, que desde os quinze anos já tinha as idéias para este livro.
Também no âmbito da ética e da moral Hume se opôs ao pensamento racionalista. Os racionalistas consideravam uma qualidade inata da razão humana o fato de ela poder distinguir entre certo e errado. Esta idéia do chamado direito natural nós já a encontramos em muitos filósofos, de Sócrates a Locke. Mas Hume não acredita que a razão determina o que dizemos e fazemos e sim o que sentimos,é o que determina.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Baruch Spinoza (1632-1677)

Poucos filósofos dos tempos modernos foram tão humilhados e perseguidos por suas idéias como este homem. Spinoza foi o primeiro a aplicar o que chamamos de interpretação "histórico-crítica" da Bíblia. Spinoza contestava o fato de que cada palavra da bíblia fosse escrita por Deus. Ele dizia que quando lemos a Bíblia temos de ter em mente a época em que ela foi escrita. Esta leitura "crítica" nos permite reconhecer uma série de contradições entre os diferentes livros e evangelhos.

Para Spinoza, as doenças humanistas eram causadas pela tristeza, em uma diminuição da capacidade de agir, liberdade, de que deprivaria o corpo maior, de Deus, sendo furtado de alegria.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Os empíricos



Racionalista é alguém que acredita na importância da razão. Na Idade Média o pensamento racionalista esteve bem representado por Platão e Sócrates.
Os líderes entre os racionalistas do século XVII foram o francês Descartes, o holandês Spinoza e o alemão Leibniz. No século VXIII, porém, o racionalismo passou a ser exposto a uma crítica cada vez mais severa e profunda. Muitos filósofos passaram a defender a opinião de que nossa mente é totalmente vazia de conteúdo, enquanto não vivemos uma experiência sensorial. Esta visão é chamada de empirismo. Locke, Berkeley e Hume foram os empíricos, ou filósofos da experiência, mais importantes (todos ingleses).
Um empírico deriva todo seu conhecimento do mundo daquilo que lhe dizem os seus sentidos. A formulação clássica de uma postura empírica vem de Aristóteles, para quem nada há na mente que já não tenha passado pelos sentidos. Esta idéia contém uma severa crítica a Platão, para quem o homem, ao vir ao mundo, trazia consigo idéias inatas do mundo das idéias. Locke repetiu as palavras de Aristóteles, mas o destinatário de sua crítica era Descartes.